Quando o Facebook anunciou a compra da Oculus VR, empresa responsável pelo Oculus Rift, dispositivo de realidade virtual, ninguém foi muito claro sobre os objetivos dos dois lados. Só agora, Brendan Iribe, CEO da Oculus começou a falar sobre as possibilidades e uma delas é a criação de uma gigantesca experiência multiplayer com 1 bilhão de pessoas.
Falando durante a TechCrunch Disrupt, em Nova York, Iribe conta que o acordo com o Facebook abre possibilidades para a criação de um MMO (multiplayer online massivo) como nunca foi visto antes. “Isso será um MMO onde colocamos 1 bilhão de pessoas em realidade virtual”, afirma.
Claro, ele reconhece que ainda há sérias restrições técnicas ao projeto, principalmente pela “necessidade de uma rede muito maior do que existe no mundo hoje”. No entanto, ele afirma que a rede do Facebook é um bom lugar para começar a construção de um possível “metaverso”, que une mundos virtuais diferentes.
Inclusive, este bilhão de usuários foi um dos principais motivos pelo qual a Oculus aceitou ser parte do Facebook em vez de se juntar a outra empresa com mais tradição em jogos. Iribe diz que o foco da empresa continua sendo os games, mas que a companhia de Zuckerberg oferece possibilidades inalcançáveis para nenhum outro console.
“Você quer criar uma plataforma que tenha 1 bilhão de usuários ou uma que tem apenas 10, 20 ou 50 milhões?”, perguntou ele à audiência, lembrando também que sistemas dedicados a jogos não têm o mesmo alcance que dispositivos móveis.
Mesmo assim, o grande objetivo da Oculus é permitir uma “conversa real” com uma outra pessoa, mesmo com o abismo entre a a capacidade dos gráficos de videogame e a realidade. “Se você deixar isso de lado, você pode ter uma conversa real com outra pessoa. Este é o ‘santo graal’ que tentamos alcançar”, afirma Iribe.